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Você já sabe a diferença entre o modelo OSI e o TCP/IP? Já conhece o processo de encapsulamento? Vamos lá entender isso.
Todas as atividades na internet que envolvem duas ou mais entidades remotas que se comunicam são governadas por um protocolo.
Um protocolo define o formato e a ordem das mensagens trocadas entre duas ou mais entidades comunicantes, bem como as ações realizadas na transmissão e/ou no recebimento de uma mensagem ou outro evento.
Para que determinada ação seja realizada entre dois componentes de rede, eles devem utilizar o mesmo protocolo.
Em um modelo de serviço:
No final dos anos 1970, a ISO propôs que as redes fossem organizadas em camadas, com isso foi criado o modelo OSI, utilizado até hoje e composto por sete camadas, numeradas de cima para baixo: aplicação, apresentação, sessão, transporte, rede, enlace e física.
Importante ressaltar que o modelo OSI é utilizado como uma referência para o estudo e funcionamento das redes, entretanto, não é utilizado em si, principalmente porque ele não definiu protocolos, mas sim os serviços que cada camada oferece.
Vamos ver o que cada camada faz.
As redes que utilizamos empregam a arquitetura TCP/IP ou arquitetura internet, formado por cinco camadas: aplicação, transporte, rede, enlace e físico.
Conforme podemos observar, a diferença que temos entre o modelo OSI e a arquitetura de cinco camadas é a ausência das camadas de apresentação e sessão.
As funções dessas duas camadas são absorvidas pela camada de aplicação.
Um detalhe que você deve ter percebido é que, quando falamos do OSI, sempre falamos sobre modelo e agora no TCP/IP estamos usando a expressão arquitetura. Por que essa diferença?
Essa diferença ocorre pelo fato de o OSI não definir protocolos.
Já no TCP/IP, temos um conjunto de protocolos associados, conhecidos como a pilha de protocolos TCP/IP, que nada mais são do que o conjunto de protocolos implementados por todas as camadas da arquitetura.
A camada de aplicação tem a mesma função da camada do modelo OSI, acrescido das funções da apresentação e sessão.
Nessa camada, estão definidos alguns dos principais protocolos utilizados atualmente, como o HTTP (HyperText Transfer Protocolo), DNS (Domain Name Server), SMTP (Simple Mail Transfer Protocolo), entre muitos outros.
A camada de transporte tem a responsabilidade de garantir a confiabilidade das informações trocadas pelas aplicações. Há dois protocolos de transporte na internet, vejamos a seguir:
A camada de rede segue a mesma função da camada de rede do modelo OSI, mas agora são definidos o formato do endereço e as regras de encaminhamento. Essa definição é feita pelo protocolo IP (Internet Protocol).
As camadas de enlace físicas não são definidas de forma explícita na arquitetura internet, mas elas executam o mesmo papel previsto no modelo OSI.
Alguns dos padrões utilizados nessas camadas de enlace são o ethernet, wi-fi e bluetooth.
Para compreender o conceito de encapsulamento, considere uma mensagem da camada de aplicação na máquina emissora que é passada para a camada de transporte.
Essa camada pega a mensagem e anexa as informações de cabeçalho de camada de transporte.
Essas informações serão usadas pela camada de transporte do lado receptor.
A mensagem da camada de aplicação e as informações de cabeçalho da camada de transporte, juntas, formam o que é chamado de Unidade de Dados de Protocolo, ou PDU (Protocol Data Unit), que, nesse caso, é chamado de segmento da camada de transporte, que encapsula a mensagem da camada de aplicação.
A camada de transporte então passa o segmento à camada de rede, que adiciona informações de cabeçalho de camada de rede, como endereços de sistemas finais de origem e de destino, criando um datagrama de camada de rede.
Este é então passado para a camada de enlace, que adicionará suas próprias informações de cabeçalho e criará um quadro de camada de enlace.
Finalmente, os dados são passados para a camada física, que transmite os dados na forma de bits pelo meio físico.
Em cada camada, um PDU possui campos de cabeçalho e um campo de carga útil.
A carga útil é, em geral, um pacote da camada acima.
Quando o pacote chega no sistema final destino, o processo de desencapsulamento se inicia. Na extremidade receptora, cada segmento deve ser reconstruído a partir dos datagramas que o compõem.
Quando um sistema final envia pacotes para outro sistema final, o caminho físico que os dados percorrem é o seguinte